Amazônia Colombiana Entre a Fé, a Floresta e os Conflitos Sociais

Amazônia Colombiana Entre a Fé, a Floresta e os Conflitos Sociais

A região amazônica da Colômbia abrange cerca de 42% do território nacional, com uma extensão de 483.119 km². Apesar de sua vasta área, é a porção menos populosa do país. Entre as décadas de 1950 e 1970, a ocupação intensificou-se devido à chegada de fluxos migratórios em áreas indígenas, impulsionados por um modelo de desenvolvimento voltado principalmente para a exploração petrolífera.

Atualmente, a maior parte da população amazônica colombiana está concentrada nos departamentos de Caquetá, Putumayo, Guaviare e Amazonas. No entanto, a região enfrenta um acelerado processo de desmatamento, causado principalmente pela criação de novos assentamentos e pela expansão de cultivos ilícitos, como coca e maconha.

No campo religioso, existem hoje 14 jurisdições eclesiásticas na Amazônia colombiana: 8 vicariatos apostólicos e 6 dioceses.

História da Igreja Católica na Amazônia Colombiana

Durante o período colonial espanhol (1547–1681), os franciscanos e jesuítas realizaram as primeiras expedições missionárias na região, especialmente nos atuais territórios de Caquetá e Putumayo, onde também atuaram dominicanos. No final do século XVII, os jesuítas se retiraram para reforçar a missão em Maynas, deixando aos franciscanos a continuidade do trabalho, especialmente por meio do estabelecimento de reduções ao longo do rio Putumayo, missão que durou até 1784. Após esse período, a região permaneceu por quase seis décadas sem a presença missionária.

Com a República, a Concordata de 1887 e o Convênio de Missões de 1902, firmados entre o Estado colombiano e a Santa Sé, atribuíram às ordens religiosas a responsabilidade pela evangelização nas áreas de fronteira. Os capuchinhos catalães atuaram em Caquetá, Putumayo e no atual departamento do Amazonas; já os salesianos e xaverianos assumiram a missão em Vaupés.

Na metade do século XX, o Vicariato Apostólico de Caquetá foi subdividido em três novas circunscrições: o Vicariato de Sibundoy, o Vicariato Apostólico de Leticia e o Vicariato Apostólico de Florencia. Os dois primeiros ficaram sob os cuidados dos capuchinhos, enquanto o terceiro foi entregue aos missionários da Consolata.

A presença das religiosas da congregação Missionárias de Maria Imaculada e de Santa Catarina de Sena (conhecidas como Lauritas) também teve papel crucial nas missões amazônicas. Em Vaupés, após a atuação dos missionários monfortanos na primeira metade do século XX, chegaram os religiosos do Instituto de Missões Estrangeiras de Yarumal. As missionárias Lauritas também se estabeleceram na região a partir de 1928.

Desde meados do século XIX, com a chegada dos exploradores de borracha e a instalação de empresas extrativistas, a população indígena da Amazônia colombiana passou a sofrer com epidemias e deslocamentos forçados, levando à dizimação de diversos povos. Os missionários denunciaram reiteradamente os abusos cometidos nesse processo.

REPAM-Brasil – Rede Eclesial Pan-Amazônica

🔍 As informações desta publicação têm como fonte o site oficial da General Secretariat of the Synod of Bishops /  REPAM-Brasil.

A REPAM-Brasil é uma rede articulada pela Igreja Católica no Brasil, voltada à defesa da vida e dos direitos humanos dos povos da Amazônia. Composta por dioceses, comunidades, organizações sociais e cooperadores nacionais e internacionais, atua junto a ribeirinhos, indígenas, quilombolas, extrativistas, pescadores e outros povos amazônicos. Seu trabalho se organiza por meio de núcleos temáticos e linhas de serviço transversais que promovem formação, justiça socioambiental, comunicação e incidência política. Constituída como organização religiosa e filantrópica desde 2017, a REPAM-Brasil aposta no protagonismo dos povos amazônicos para o cuidado da Casa Comum.

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Conheça a REPAM-Brasil

Presentation of the Ecclesial Pan-Amazonian Network, REPAM – 2015.03.02

Em 2 de março de 2015, a Rede Eclesial Pan-Amazônica realizou uma coletiva de imprensa destacando o trabalho conjunto de dioceses, sacerdotes, congregações religiosas, membros da Cáritas e leigos que atuam na região amazônica. O vídeo está disponível no canal oficial de notícias do Vaticano no YouTube — o Vatican News, criado em 16 de dezembro de 2017 e atualizado diariamente. Este canal é um serviço do Dicastério para a Comunicação da Santa Sé, responsável pela produção e propriedade das imagens publicadas. Mais informações estão disponíveis em: https://www.comunicazione.va/en/sostienici.html  e vaticannews.va.